Divulgação de balanços contábeis de grandes empresas poderá ser obrigatório

Divulgação de balanços contábeis de grandes empresas poderá ser obrigatório

Proposta em análise na Câmara determina que todas as empresas de grande porte, mesmo as que não são sociedades anônimas e sim sociedades limitadas, deverão divulgar os balanços contábeis, para promover a transparência e a publicidade empresarial. O texto (PL 8237/17) é de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO).

Raupp argumenta que, hoje em dia, as sociedades de grande porte – aquelas com ativo superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões – devem seguir as regras sobre escrituração e elaboração das demonstrações financeiras constantes da Lei das S/A (Lei 6.404/76), além de passar por auditoria independente feita por auditor registrado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No entanto, não está prevista a publicação das demonstrações contábeis de todas as empresas de grande porte que não são sociedades anônimas, ou seja, a divulgação dos balanços é opcional. O projeto busca alterar esse ponto ao modificar a Lei 11.368/07, que trata do assunto.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Temer promete apoio para projeto que incentiva micro e pequenas empresas

Temer promete apoio para projeto que incentiva micro e pequenas empresas

O presidente Michel Temer afirmou que pretende apoiar a proposta de criação do Cadastro Positivo das Micro e Pequenas Empresas. Em sua participação na Semana Global do Empreendedorismo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Brasília, Temer defendeu a criação de ações de reconhecimento para os micro e pequenos empresários

“Precisamos pensar em dar uma espécie de prêmio para aqueles bons pagadores. Quero dizer que vou apoiar esse projeto”, disse Temer . A afirmação foi feita em resposta a uma provoção do presidente do Sebrae nacional, Guilherme Afif Domingos, que lembrou do índice de 84% das micro e pequenas empresas atualmente sem acesso a crédito. Segundo Afif, os grandes bancos têm dificuldade para conversas com os pequenos empresários.

“Temos trabalhado em várias frentes para facilitar a vida do empreendedor. A primeira tarefa foi colocar ordem na economia. A segunda está voltada para melhorar o ambiente de negócios no Brasil. Desburocratizar é colocar o cidadão, o empreendedor em primeiro lugar”, afirmou o peemedebista durante o evento.

Para o presidente do Sebrae, o apoio de Temer faz a proposta ter condições de ser votada pelo Congresso ainda este ano. Para acelerar a análise da matéria, a ideia do setor é fazer com que o projeto de lei complementar (PLC 171/12), atualmente na Câmara dos Deputados, passe a tramitar em regime de urgência “com a garantia de não veto do governo”.

Além da criação de um cadastro positivo para os microempreendedores, o projeto incluiria novos itens. Entre eles, o texto contemplaria o refinanciamento de dívidas de cerca de 590 mil empresas que receberam notificação e, caso não sejam regularizadas, serão excluídas do regime do Simples.

Outra mudança prevista no projeto que recebeu o apoio de Temer é a criação da Empresa Simples de Crédito. Considerada uma novidades, a modalidade permitiria que o cidadão, em seu próprio município, empreste seu dinheiro para pessoas jurídicas. Para Afifi, o modelo financiaria a produção local com dinheiro mais barato, o que também estimularia a concorrência com os bancos, o que hoje não existe.

A tecnologia Blockchain

A tecnologia Blockchain

A tecnologia Blockchain têm movimentado empresas e governos ao redor do mundo, pois é capaz de revolucionar a forma como transacionamos dinheiro, informações e processos. Essa tecnologia funciona como um banco de dados que registra informações em blocos criptográficos, atrelados uns aos outros de forma a impedirem alterações, literalmente como uma rede, uma corrente de blocos – o que deu origem ao termo “block” – “chain”. Isto significa, em termos práticos, que todos os participantes desta rede recebem as informações registradas ali em tempo real, como um backup de todo o histórico, e nenhum deles tem poder administrador para alterar ou apagar qualquer informação.

Por consenso entre máquinas, a rede aprova ou recusa dados e, se há alguma tentativa de fraude, ela impede o registro. Por estas razões, tudo o que existe nesse banco é imutável e não suscetível a fraudes ou manipulações. Devido à sua arquitetura, que conta com criptografia e mecanismo de chaves públicas e privadas, a tecnologia blockchain entrega confiança ao usuário. Prova disso é o sucesso do bitcoin, o primeiro ativo transacionado pela blockchain. Por conta dessa confiança que a rede proporciona, a criptomoeda tem se valorizado astronomicamente no último ano. Outras tecnologias espelhadas na blockchain do Bitcoin também foram desenvolvidas, como as DLTs, Distributed Ledger Technologies, também chamadas de Redes Permissionadas.

A tecnologia é tão segura e confiável que dispensa intermediadores, ou seja, podem ocorrer transações de um ponto a outro do mundo em minutos, sem a necessidade de agentes que garantam a confiança, de qualquer ativo desejado, como valores, informações, até mesmo tokens que representem bens físicos. Desde então, governos, bancos, empresas e corporações têm estudado, testado e adotado a tecnologia em vários segmentos, como por exemplo: · Supplychain: rastreio e controle inviolável de cadeias de valor, logísticas e de produção, principalmente de alimentos, para garantia de procedência e manipulação de produtos; · Gestão de identidade: essa tecnologia permite a identificação segura do indivíduo pela internet.

Isso possibilita a criação de documentos únicos que integrem informações relevantes e necessárias do cidadão, como informações médicas, financeiras, profissionais e pessoais, tudo em um único acesso controlado pelo próprio usuário; · Contratos Inteligentes: são, de fato, contratos desenvolvidos em código, auto-executáveis e capazes de desintermediar compras, vendas, ações, consultas, procedimentos e processos; · Auditoria e Compliance: a partir de uma base imutável de dados, aplicações para controle e gestão de processos e auditoria são perfeitas para a tecnologia blockchain. A impossibilidade de mudanças gera informações verídicas e históricos de processos, autorizações, compras, dentre outros, e facilita a governança e compliance corporativos; · Voto Auditável: a tecnologia blockchain aplicada às urnas eletrônicas é perfeita para prover auditoria e segurança no voto do cidadão.

O aplicativo Mudamos, do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro, já exemplifica esse uso ao possibilitar o voto seguro e auditável em propostas e projetos de lei. · Moeda Nacional Digital: o FMI, Fundo Monetário Internacional, recomendou que os bancos centrais desenvolvam suas próprias moedas em versão digital, em blockchain, e regulamentem o uso de criptomoedas. Países como Rússia, Estônia, Canadá e Suécia já estudam o desenvolvimento das suas próprias moedas virtuais. Os primeiros passos para a adoção são entender a tecnologia, identificar oportunidades, selecionar e estudar casos de uso e desenvolver uma prova de conceito para ajuste e estruturação do projeto. Prepare-se, a tecnologia blockchain é a nova internet, a internet de valores!

Prazo de adesão ao Simples irá até 28 de dezembro

Prazo de adesão ao Simples irá até 28 de dezembro

As micro e pequenas empresas já podem pedir o agendamento de adesão ao Simples Nacional para 2018. Elas têm até o dia 28 de dezembro para entrar no site do Simples Nacional e agendar a solicitação.

Quem estiver com todos os impostos e documentações em dia receberá, automaticamente, o registro no Simples Nacional no dia 1º de janeiro. Para as empresas que exercem novas atividades incluídas no regime simplificado, como bebidas alcoólicas, a opção somente pode ser feita a partir do primeiro dia de 2018. No próximo ano já valerão as regras do Crescer sem Medo, que elevou o teto de faturamento do Microempreendedor Individual (MEI) de R$ 60 mil para R$ 81 mil e criou uma faixa de transição de até R$ 4,8 milhões de faturamento anual para as empresas que ultrapassarem o teto de R$ 3,6 milhões, com recolhimento do ICMS e ISS fora do Simples Nacional. “É importante que os empresários aproveitem a oportunidade que a Receita disponibiliza todos os anos. É a chance de corrigirem irregularidades”, diz o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

Idade mínima para saque do saldo de PIS/Pasep pode cair de novo

Idade mínima para saque do saldo de PIS/Pasep pode cair de novo

Uma nova redução da idade mínima para o saque do PIS/Pasep poderá injetar até R$ 14 bilhões a mais na economia no ano que vem.

A possibilidade de uma segunda rodada de saque no primeiro trimestre de 2018 faz parte das medidas em estudo no governo para ajudar na retomada da economia, como ocorreu com o saque das contas inativas do FGTS.

Como contraponto ao pacote de medidas impopulares que será enviado ao Congresso, o governo vai continuar com a política de medidas de estímulo ao crescimento, mas que não tenham impacto nas contas públicas.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o governo avalia a possibilidade de redução da idade para saque do benefício com base nas emendas que os parlamentares apresentaram à Medida Provisória (MP) 797, que reduziu a idade do saque do PIS/Pasep para 65 anos de homens e 62 de mulheres. A MP assinada por Temer em agosto injetará na economia R$ 15,9 bilhões. Os recursos serão liberados até dezembro.

Se a idade for reduzida para 60 anos, a liberação de recursos pode subir de R$ 15,9 bilhões para R$ 21,5 bilhões. Já se o limite cair para 55 anos, a liberação pode alcançar R$ 30 bilhões.

Fontes informaram que a liberação da segunda etapa poderia começar em janeiro.

Cálculos da área econômica mostram que para cada R$ 10 bilhões liberados, o impacto é de 0,14 ponto porcentual no Produto Interno Bruto (PIB). Dados do Ministério do Planejamento indicam que o saldo médio por cotista era de R$ 1.187,00. Do total de contas ativas, 15 milhões (51%) possuem, ao menos, R$ 750,00 a serem resgatados.

Antes da MP, só podiam sacar os saldos de PIS/Pasep pessoas acima de 70 anos. O governo já liberou também R$ 44 bilhões do FGTS para o trabalhador que tinha conta inativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão